É necessário tomar as ruas para evitar que o STF absolva os corruptos!
O julgamento do mensalão no Supremo
Tribunal Federal continua produzindo cenas lamentáveis. Após o desfile de
advogados defendendo a indefensável inocência de políticos e empresários, foi a
vez do revisor do processo decepcionar. O ministro Lewandowski votou pela
absolvição do ex-presidente da câmara dos deputados, João Paulo Cunha (PT),
demonstrando que deseja inocentar o chamado “núcleo político” do esquema,
dentre eles José Dirceu.
Os advogados dos mensaleiros, cujos
escritórios são os mais caros do país, comemoraram. Márcio Thomaz Bastos e
Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), eram os mais alegres. O primeiro foi
ex-ministro da Justiça do governo Lula e até recentemente estava na defesa de
Carlinhos Cachoeira. O segundo é advogado de inúmeros políticos e poderosos corruptos,
dentre eles Demóstenes Torres (Ex-DEM).
Não podemos esperar parados que o STF faça
justiça verdadeira. Para Ministros como Dias Toffoli, que exerceu cargo na Casa
Civil durante a gestão de Dirceu, isso é impossível. É isso que explica o voto
de Toffoli em defesa de João Paulo Cunha, acompanhado o revisor do processo.
Pior é saber que esses advogados, ministros do STF
e o Procurador-Geral da República confraternizavam juntos num aniversário em Brasília,
durante o julgamento. Sendo que José Dirceu foi representado por Evanise Santos.
Na ocasião, o repertório musical da festa incluía o tema de "O Poderoso Chefão",
indicando claramente a presença de uma verdadeira máfia no poder, cujo cérebro é
Lula, que infelizmente não foi denunciado no processo.
“Temos que
tomar as ruas para colocar os corruptos na cadeia. Sem mobilização todos serão
inocentados pelo STF, a exemplo do que já ocorreu com Collor de Melo e outros
deputados. Basta ver que Ministros e Ministras de Dilma estão diretamente
envolvidos na campanha de João Paulo Cunha para prefeito. Basta ver que a CPI
não paralisou as ações ilegais do Bicheiro Cachoeira, nem pôs fim ao esquema de
Cavendish e dos governadores do comando Delta, que a exemplo de Sergio Cabral
seguem governando normalmente. Por isso, as greves devem incluir esse tema em
suas assembléias, o movimento estudantil deve fortalecer os protestos contra a
corrupção, como o dia do Basta em 7 de setembro, além de organizar outras
iniciativas. Além disso, o povo deve usar seu voto como uma forma de protesto,
caçando o mandato do partidos envolvidos em escândalos nacionais e locais”,
declarou Babá durante atividade na Tijuca.
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