terça-feira, 28 de agosto de 2012

Uma resposta necessária à direita reacionária do Rio de Janeiro


Rio de Janeiro fora dos trilhos: violência, privatização e um ano sem bondinho

É preciso derrotar nas ruas e nas urnas, Eduardo Paes e Sergio Cabral


Escreve Babá*



Diferente do que o ex-presidente Lula declarou no programa eleitoral de Eduardo Paes, nossa cidade perdeu muito nos últimos anos. O condomínio de legendas de aluguel sob gestão do PMDB-PT transformou o Rio de Janeiro na cidade das negociatas. Cabral e Paes tentam novamente ludibriar os eleitores com as promessas de futuro promissor através de jogadas de marketing utilizando os grandes eventos, como a Olimpíada. Mas nas últimas semanas, novamente, tivemos provas do descompromisso dos atuais governantes para com os interesses dos trabalhadores e do povo.

UPP’s – Nessa Paz não acredito!


Em primeiro lugar no crescimento da violência. No Bairro da Tijuca, a preocupação dos moradores aumentou após o assalto a um restaurante em plena luz do dia. O cruzamento das ruas Mariz e Barros e Professor Gabizo, transformou-se num palco de guerra, com troca de tiros entre assaltantes e a PM e a praça Afonso Peña foi arena de perseguição policial.  A rotina normal de deslocamento para o trabalho foi estilhaçada do mesmo modo que os vidros doRestaurante Brasa Gourmet. O sossego chegou ao fim do mesmo modo com que vidas daqueles pobres assaltantes. Um deles foi capturado com vida, mas chegou morto ao Hospital. Na prática foi assassinado no percurso, situação para a qual as autoridades inventaram o nome de “auto de resistência”.

Infelizmente não é uma realidade apenas da Tijuca. Três crianças e uma jovem perderam suas vidas em decorrência de violentas operações policiais em Guadalupe, Costa Barros e Pavuna. Há ainda 15 assassinatos decorrentes de operações do BOPE no morro do Dendê, na Favela da Maré e Arara.

A violência e insegurança podem ser vistas até mesmo nos números divulgados pela PM, com o aumento de 158% dos autos de resistência, tirando a vida das populações mais pobres e desassistidas.

De acordo com dados da ONU, em todo país 50 mil pessoas foram assassinadas no último ano, classificando as metrópoles nacionais entre as mais violentas do mundo, o que incluiu a nossa cidade.

O problema da segurança pública não será resolvido com violência policial e mais repressão, porque toda a política segue marginalizando o povo, removendo populações de áreas cobiçadas pela especulação imobiliária, impondo a ditadura das milícias em vastos territórios periféricos. Isso, num país que figura entre os mais desiguais da América Latina, com mais de um terço de seus habitantes em favelas e 60% do território descoberto de saneamento básico, sem falar nas péssimas condições da educação e saúde públicas.

Sem investimento em áreas sociais, sem rever os contratos com empreiteiras como a DELTA, sem rejeitar as negociatas como as praticadas com a Fetranspor, não haverá verdadeira saída para a segurança, pois milhares de crianças e adolescentes, que hoje não vislumbram qualquer perspectiva de futuro serão atraídos para o mundo do crime ou serão vitimas inocentes da violência policial. Por outro lado necessitamos rever a lógica do atual “choque de ordem”. Necessitamos qualificar melhor nossa tropa, desmilitarizar a guarda municipal, conceder o reajuste salarial reivindicado pelos praças, garantir direito de livre manifestação e organização sindical para os militares, além de reincorporar os demitidos PM’s e Bombeiros grevistas, a exemplo do Cabo Daciolo.

Não à Privatização do Galeão
Dilma, com apoio de governadores e prefeitos, acaba de lançar a nova fase de seu plano de privatizações da infraestrutura nacional, abrangendo estradas, ferrovias e aeroportos. Tudo absurdamente financiado com recursos públicos do BNDES. 

A forma não pode nos confundir: concessão, terceirização, parceria público-privada, são apenas outros nomes para denominar a privatização. No caso do Galeão, o pomposo nome Parceria Público-Privada é a forma encontrada para entregá-lo aos interesses de uma empresa estrangeira do setor. O que é mais absurdo, é que as vésperas da privatização, a INFRAERO realiza um investimento de R$ 153 milhões no aeroporto, que é um dos poucos que possui lucro liquido de arrecadação.

A medida é um absurdo. Basta olhar o sistema de telecomunicações para ver os problemas que a privatização impôs ao país e aos milhares de usuários da telefonia ou ainda as consequências nefastas das terceirizações na educação e das OS’s na área da saúde.

Santa Teresa não perde o bonde e a esperança


Após um ano da tragédia ocorrida com o bondinho, os moradores de Santa Teresa e frequentadores do bairro voltaram a protestar. O descaso dos governantes foi responsável pela perda de vidas humanas e pelos danos físicos e emocionais aos mais de 48 feridos no fatídico acidente. No entanto Cabral e Paes seguem de costas para a população mesmo após seus erros. Desconsideraram todos os alertas, protestos e reivindicações da AMAST (Associação dos Moradores e Amigos de Santa Teresa), que exigiam manutenção e mais investimentos. Agora, por meio de licitação pretendem favorecer negociatas com empresas da Gang do Guardanapo, impondo a empresa Ttrans S/A para fabricar novos bondes, de outros modelos. Além de descaracterizar o histórico meio de transporte do local a empresa possui o agravante de que deveria ter reformado os antigos modelos em 2005, veículos que hoje estão parados. Pelo menos uma explicação vem a tona: queriam o fim dos modelos anteriores para lucrar mais na confecção dos novos, bem ao estilo da “ética do mercado” descrito pela empresa Locanty.

Não há outra saída: pra mudar é preciso lutar, como fizeram e fazem os moradores de Santa Teresa. É preciso organização e mobilização. Por isso, estive presente na manifestação por ocasião de um ano da tragédia, juntamente com Eliomar Coelho, vereador do PSOL, Mc Leonardo, candidato a vereador e presidente da Apafunk, Chico Alencar, nosso deputado federal, além de Marcelo Freixo, o futuro prefeito do Rio.

Em outubro temos que dar o troco também nas urnas, votando no PSOL, elegendo Marcelo Freixo prefeito e uma forte bancada de vereadores do PSOL.

*Morador da Tijuca, integrante do comando de greve da UFRJ e fundador do PSOL.

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Assista vídeo:

Luta de classes: em defesa dos grevistas

Pelo atendimento das reivindicações, contra o corte de ponto e a criminalização dos movimentos sociais


Dilma, Cabral e Paes. Três governos privatistas, corruptos e mentirosos. Atacam os trabalhadores e criminalizam os grevistas. Contam sempre, com o auxilio da mídia burguesa, que repete o falso discurso de que os servidores “ganham altos salários”, “prejudicam o país com as paralisações” e “devem ter o ponto cortado”.
Na última semana, ao mesmo tempo em que operava o desmonte da greve da universidade contanto com auxílio da Fasubra, Dilma intensificou a perseguição aos servidores em greve, principalmente os Policiais Federais e Rodoviários. Após se negar a negociar, baixar decreto para substituição de grevistas (Decreto 7.777) ou assinar acordos com entidades cartoriais (PROIFES), o Planalto judicializou as operações-padrão dos Policiais, impondo multas de R$ 200 mil/dia as entidades que desobedecerem a decisão do STJ. Agora, após a radicalização dos Policiais, Dilma ameaça com demissões. Ao mesmo tempo desengaveta projeto de Lula para “normatizar” a greve no serviço público, ou seja, acabar com esse direito no setor. Soma-se a isso o corte de ponto, que atinge um número expressivo de manifestantes cariocas.
Ao invés de perseguir os grevistas e conceder um kit de felicidade para empresários como Eike batista, Dilma deveria atender as reivindicações das categorias. Quem deveria ser atacado é o sistema financeiro que suga metade do orçamento da nação, não os manifestantes que lutam por serviços públicos de qualidade em beneficio da população”, declarou Babá após participar de manifestação dos servidores no Maracanã.

Em defesa da UERJ: Negocia, Cabral!

A greve unificada na UERJ já completou 2 meses, sem que o governo aceite negociar. Na última quinta-feira, 23/08, após o movimento realizar um passeata nas proximidades do campus Maracanã, a Polícia Militar invadiu o território da universidade atacando os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo. As cenas lembram tristes capítulos da ditadura militar, quando os espaços do saber eram transformados em palcos de guerra.
Em nota lançada nas redes sociais, Babá afirmou que “o principal responsável pela repressão é o Governador Sergio Cabral, que criminaliza o movimento e se recusa a negociar com os servidores, docentes e estudantes da UERJ. Esta é a prática deste governo, como fez com a greve dos bombeiros e dos professores estaduais. O que aconteceu é um verdadeiro absurdo e deve ser repudiado por todos que defendem uma universidade pública, gratuita e democrática”.

Babá, um vereador a serviço dos grevistas


Ao mesmo tempo em que nos organizamos e lutamos necessitamos preparar uma resposta também no terreno eleitoral. Por isso a campanha de Babá está a serviço de divulgar as greves e as mobilizações dos trabalhadores e da juventude. 
Necessitamos derrotar Paes eleger Marcelo Freixo para colocar a prefeitura a serviço dos trabalhadores combatendo as empreiteiras e a lógica da cidade-empresa. 
Com Babá vereador seguiremos a luta por nossas reivindicações, exigindo democracia nas negociações, o atendimento de nossas pautas e o fim da criminalização dos movimentos sociais, para que inverter a situação atual, onde os governantes criminalizam as categorias em luta e cortam o ponto dos grevistas.


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Mensalão: Lewandowski absolve João Paulo e defende impunidade aos políticos

É necessário tomar as ruas para evitar que o STF absolva os corruptos! 


O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal continua produzindo cenas lamentáveis. Após o desfile de advogados defendendo a indefensável inocência de políticos e empresários, foi a vez do revisor do processo decepcionar. O ministro Lewandowski votou pela absolvição do ex-presidente da câmara dos deputados, João Paulo Cunha (PT), demonstrando que deseja inocentar o chamado “núcleo político” do esquema, dentre eles José Dirceu.
Os advogados dos mensaleiros, cujos escritórios são os mais caros do país, comemoraram. Márcio Thomaz Bastos e Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), eram os mais alegres. O primeiro foi ex-ministro da Justiça do governo Lula e até recentemente estava na defesa de Carlinhos Cachoeira. O segundo é advogado de inúmeros políticos e poderosos corruptos, dentre eles Demóstenes Torres (Ex-DEM).
Não podemos esperar parados que o STF faça justiça verdadeira. Para Ministros como Dias Toffoli, que exerceu cargo na Casa Civil durante a gestão de Dirceu, isso é impossível. É isso que explica o voto de Toffoli em defesa de João Paulo Cunha, acompanhado o revisor do processo.
Pior é saber que esses advogados, ministros do STF e o Procurador-Geral da República confraternizavam juntos num aniversário em Brasília, durante o julgamento. Sendo que José Dirceu foi representado por Evanise Santos. Na ocasião, o repertório musical da festa incluía o tema de "O Poderoso Chefão", indicando claramente a presença de uma verdadeira máfia no poder, cujo cérebro é Lula, que infelizmente não foi denunciado no processo.
Temos que tomar as ruas para colocar os corruptos na cadeia. Sem mobilização todos serão inocentados pelo STF, a exemplo do que já ocorreu com Collor de Melo e outros deputados. Basta ver que Ministros e Ministras de Dilma estão diretamente envolvidos na campanha de João Paulo Cunha para prefeito. Basta ver que a CPI não paralisou as ações ilegais do Bicheiro Cachoeira, nem pôs fim ao esquema de Cavendish e dos governadores do comando Delta, que a exemplo de Sergio Cabral seguem governando normalmente. Por isso, as greves devem incluir esse tema em suas assembléias, o movimento estudantil deve fortalecer os protestos contra a corrupção, como o dia do Basta em 7 de setembro, além de organizar outras iniciativas. Além disso, o povo deve usar seu voto como uma forma de protesto, caçando o mandato do partidos envolvidos em escândalos nacionais e locais”, declarou Babá durante atividade na Tijuca.

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Pelos direitos humanos no mundo inteiro! Repúdio ao massacre do povo palestino, ao antissemitismo e ao sionismo. Contra a manipulação dos fatos com uso eleitoreiro!

Resposta à campanha da direita sionista contra o PSOL

Companheiros,
Antes de entrar na nota em si, lhes repasso um link onde todos poderão ver as fortes fotografias dos últimos ataques à Faixa de Gaza feitos em 2011 (http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/4192-bombardeios-em-gaza#foto-78060). As imagens são fortes e reais e seguem uma rotina de décadas. Trata-se de mais um ataque opressor, de um Estado que subjuga um povo há muitas décadas com um dos exércitos mais bem equipados e financiados do mundo, com alto poder nuclear e financiamento direto dos Estados Unidos. Mais uma vez, repudiamos esse ataque e nos colocamos em solidariedade ao povo palestino.
Essa nota tem o intuito de esclarecer e debater o processo eleitoral e o ataque político que estamos sofrendo neste momento, numa verdadeira campanha difamatória desencadeada pela direita sionista contra o PSOL. Eu sou candidato a vereador e o PSOL, partido do qual sou fundador, tem Marcelo Freixo como candidato a prefeito do Rio. Nela, vou me posicionar sobre o momento da campanha e também sobre nossa posição sobre temas como Estado de Israel, Palestina, sionismo, antissemitismo, direitos humanos e humanidade. Para tanto, alerto o leitor que queira dialogar conosco que temas de tal complexidade não puderam ser resumidos em poucas linhas. Para completar, recorro a citações de organizações políticas e intelectuais. Boa leitura e bom debate, sadio e democrático. Vai ter segundo turno!
Assembleia de Jovens na Cinelândia refletiu o crescimento de Freixo
Os efeitos do crescimento de Freixo
O crescimento de Freixo nas pesquisas eleitorais e nas ruas está precipitando um movimento que se tornou corriqueiro nas eleições do Rio de Janeiro. A investida dos partidários de Eduardo Paes que vinha se dando no campo da cultura, acusando Freixo e o PSOL de serem antidemocráticos e de “dirigismo cultural”, em relação às escolas de samba, agora se manifesta no debate histórico sobre o Oriente Médio e as manifestações políticas acerca disso. Logo, logo, podemos imaginar que buscarão outros temas considerados tabus para tentarem de maneira desesperada impedir o nosso crescimento, que já é uma tendência.
Antes de mais nada, quero esclarecer e reiterar que não apenas o PSOL, mas o conjunto da esquerda acumula há muitos anos uma posição de ficar ao lado do povo oprimido palestino, denunciando com veemência as atrocidades do Estado nazi-sionista de Israel.
O fato de agora, assim como o do carnaval e das escolas de samba, está eivado de distorções, sensacionalismo e manipulação. Refiro-me a um vídeo onde eu apareço, junto a outras pessoas, em uma manifestação em solidariedade ao povo palestino e contra o massacre executado pelo Estado de Israel. O vídeo é de 2009, e nele, as bandeiras dos EUA e de Israel foram queimadas.
Sobre o vídeo e sobre o tema, gostaria de considerar o seguinte:
Ato em defesa do povo palestino, em repúdio ao massacre em Gaza (Rio de Janeiro/2009)
A manifestação
A manifestação aqui do Rio fez parte de uma jornada mundial de manifestações de solidariedade ao povo palestino que sofria um ataque militar naquele momento. Estamos falando de mortes, que já contabilizavam cerca de 350, dentre elas várias crianças e um hospital bombardeado.
A orientação do PSOL (ler nota do PSOL http://www.liderancapsol.org.br/noticias/geral/558-psol-promove-atos-em-defesa-do-povo-palestino-.html?349dca8a83294b3c55eb74a2686523b3=d8e5dd89cab3c21790958dc7ee6d18ff ), foi a de impulsionar com toda a força a construção destas manifestações como tarefa internacionalista e humanitária dos socialistas. O ato, portanto, não foi apenas justo, mas uma OBRIGAÇÃO de quem defende os direitos humanos em todo o mundo. Dele participaram militantes de todas as correntes do PSOL. Somos contra as remoções que Eduardo Paes faz em nossa cidade, e somos contra as remoções que Israel faz com os Palestinos.  Somos contra a tortura e a morte que fazem em nosso sistema penitenciário, assim como somos contra a que ocorre, todos os dias, nas prisões israelenses.
Judeus queimam bandeira do Estado sionista de Israel, em defesa do povo palestino

Sobre queimar bandeiras
Queimar uma bandeira é um ato simbólico, que demonstra repulsa a tal ou qual instituição. Os socialistas têm total repulsa ao Estado Imperialista norte americano e à política do seu governo. Os socialistas também têm total repulsa ao Estado racista nazista de Israel e ao seu governo.
Durante a guerra do Vietnã, centenas de milhares de militantes pacifistas estadunidenses queimavam a bandeira dos EUA, do seu próprio país, para demonstrar sua indignação com a política estatal. Nós sempre os apoiamos. Caso os camponeses e indígenas bolivianos queimassem uma bandeira brasileira por conta da ingerência da empreiteira OAS e do governo brasileiro que destrói suas florestas, ficaríamos do lado dos explorados bolivianos ou dos empreiteiros brasileiros? Certamente estaríamos ao lado dos camponeses e indígenas bolivianos e não nos sentiríamos ofendidos caso queimassem nossa bandeira para simbolizar seu repúdio. Somos internacionalistas e afirmo que tenho mais coisas em comum com um trabalhador boliviano, israelense, palestino, etc., do que com qualquer patrão, mesmo que patriota, brasileiro.
Mas, além de tudo isso já exposto, o que mais me impressiona ao ler os comentários na internet, é que o ato de queimar bandeiras seja considerado algo violento, bruto, agressivo e coisas do tipo. Os mesmos que falam isso deveriam refletir que queimar uma bandeira não é absolutamente NADA comparado às décadas de martírio de um povo, comparado às milhares de mortes. O único estado do mundo onde a tortura é legalizada faz todos os dias mais ou tanta barbárie quanto algumas das guerras mais violentas que o mundo já teve. Portanto, os humanitários de verdade, não se preocupam com uma bandeira e com um símbolo, se preocupam com as vidas. As vidas e mortes não são simbólicas, são concretas.

Sobre o antissemitismo
Nossos detratores, os que postaram originalmente os vídeos, acusam-nos de antissemitismo, o que significa que seriamos hostis aos judeus. Isto é uma absurda mentira, pois o que é da tradição do verdadeiro socialismo é ser veementemente contrário a qualquer discriminação aos judeus ou à qualquer povo, raça, etnia, ou religião do mundo. Junto com isso, também de forma veemente, somos contra o Estado racista e nazista de Israel e à sua política e não contra o povo trabalhador que ali mora. Aliás, assistimos com entusiasmo as mobilizações de trabalhadores e da juventude israelense, que ano passado foram aos milhares para as ruas lutando por melhores condições de vida contra os planos de ajuste de seu governo.
Da mesma forma, saudamos com entusiasmo as diversas intifadas palestinas e nos colocamos claramente do seu lado. Perguntamos aos nossos detratores, de que lado vocês estão: com a intifada ou com a repressão dos soldados israelenses?

Sobre o Estado de Israel
Toda a história e tradição da esquerda marxista e socialista tem sido de rejeição ao sionismo o que é bem diferente de ser antissemita. Assim como repudiamos o antissemitismo, rejeitamos com a mesma força o movimento sionista. Pois o sionismo foi a ideologia montada para justificar e legitimar  a invasão e ocupação da Palestina em 1948, expulsando de suas terras no momento e nas sucessivas guerras de ocupação mais de 4 milhões de palestinos; massacrando, encarcerando e torturando. No território havia 950 mil árabes palestinos vivendo em cerca de 500 povoados. Em menos de seis meses sobraram apenas 138 mil pessoas, pois a grande maioria dos palestinos havia sido assassinada, expulsa pela força ou fugido aterrorizada diante dos bandos assassinos das unidades do exército israelense.
Israel é um estado artificial, um verdadeiro enclave do imperialismo para impedir que avance a democracia, a independência e o socialismo nos países árabes. Não por acaso é o país que recebe a maior ajuda militar por parte dos EUA e que possui um poderoso arsenal atômico, além de nunca ter aplicado nem aceito as resoluções da ONU que a condenavam pelo uso indiscriminado da força e da violência. Talvez muitos tenham visto ou ouvido falar sobre a Faixa de Gaza e Cisjordânia: bem, estas terras ocupadas pelos exércitos israelenses são hoje verdadeiros campos de concentração como o foram os de Auschwitz ou Buchenwald na Alemanha nazista. Há diversas personalidades de origem judia, intelectuais e artistas, que hoje condenam e chegam a essa conclusão: o que o Estado de Israel faz com os palestinos é a mesma coisa que os povos de origem judia sofreram com a perseguição nazista e fascita. Como bem afirma o escultor a ativista, Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel: Os ataques, a destruição e a morte em Gaza e no Líbano e as ameaças permanentes a outros povos, têm levado o Estado de Israel a se transformar num Estado terrorista, utilizando as torturas e os ataques à população civil nos quais as vítimas são mulheres e crianças. Até quando continuará essa política de terror?”
Perguntamos aos nossos detratores: vocês defenderam o Estado racista nazista da África do Sul? Ou pelo contrário, como todos os democratas e socialistas do mundo, lutaram e se solidarizaram com o povo negro sul-africano que finalmente e de forma heroica derrotou esse estado racista? Pois bem: trata-se da mesma luta contra um estado racista e nazista, que ataca e mantêm seu domínio sobre os palestinos graças ao terror e a repressão feroz, da mesma forma que o fizeram os sucessivos governos da minoria branca na África do Sul.


Camisa utilizada por sionistas: "1 tiro, 2 mortes", apologia ao assassinado de grávidas palestinas 

A esquerda socialista tem a responsabilidade e a obrigação de dizer a verdade ao povo brasileiro e educar as novas gerações sobre o real significado do Estado racista de Israel, assim como de manifestar a irrestrita solidariedade com o povo palestino. Vejamos alguns antecedentes que ilustram a batalha da esquerda socialista (sublinhados nossos):
a)      No site da corrente Enlace (PSOL) foi publicado em maio de 2012, uma nota de um membro da esquerda revolucionária síria define: “Um Egito e Síria progressistas,  democráticos e verdadeiramente independentes são infinitamente mais perigosos para o apartheid estatal sionista e os seus territórios ocupados do que a República islâmica e repressiva da Síria”.
b)      Na Revista da Fundação do PSOL (Lauro Campos) em 24/08/12 aparece uma nota de Rasem Shaban Bisharat, palestino e mestre em História pela Universidade da Jordânia, que entre outras considerações define: “Israel não tem o direito de reivindicar o caráter judaico do Estado e de privar os palestinos da elegibilidade e da sua presença, ou o direito de retorno dos proprietários de terras que foram deslocadas pela força em 1948 para trazer um novo povo que nunca viveu naquela terra[...] Israel e o movimento sionista  devem perceber que os mitos que eles haviam fabricado para reivindicar direitos na Palestina histórica não passam de lendas e pura fantasia e é impossível prosseguir incólume.
c)      Em 2010, o nosso deputado federal Chico Alencar reproduziu no seu boletim uma nota do MST em solidariedade com a Palestina. Reproduzimos alguns trechos: “É preciso transformar essa indignação diante da violência de Israel num gigantesco movimento de massas de caráter internacional que faça recuar esse monstro nazi-sionista. O expansionismo e o militarismo israelense são parte da tentativa do imperialismo de sufocar as legítimas lutas de libertação nacional e por transformações sociais que se desenvolvem neste momento em todos os países do mundo”.[...] O governo brasileiro deve voltar atrás na sua decisão de firmar, ratificar e regulamentar o Tratado de Livre Comercio Israel-Mercosul. Consideramos um grande erro manter relações comerciais desse nível com um Estado que desrespeita cotidianamente os direitos humanos e resoluções da ONU...”
d)     Sob o título de ‘ISRAEL É UM ESTADO RACISTA’, a ativista e escritora Mar Gijón Mendigutía convoca: “Já é hora de remediar o dano feito, é hora de começar um poderoso movimento contra Israel igual ao que se fez contra o apartheid da África do Sul”.
e)      Na convocatória ao Ato em Solidariedade com o Povo Palestino de junho de 2010, o Comitê de apoio denuncia: “Um dos manifestantes que esteve na Faixa de Gaza há pouco tempo, denunciou que o ataque à frota Gaza Livre foi comemorado pela juventude sionista nas ruas de várias cidades israelenses e que o Estado de Israel trabalha noite e dia para introduzir sua mentalidade fascista na consciência da população”.
f)       Em novembro de 2011, nosso deputado federal Chico Alencar participou de uma visita de cinco dias com uma delegação de congressistas de diversos países à Faixa de Gaza e denunciou: “Do ponto de vista humanitário a situação é terrível... Há três anos e meio que existe bloqueio militar e, há dois anos, a chamada Operação Chumbo Derretido, condenada internacionalmente, inclusive com restrições da ONU, representou um massacre àquela população”.
g)      Nosso companheiro Milton Temer, ex-deputado e fundador do PSOL, denuncia também a amálgama preconceituosa entre Judeu, sionista e israelense. Afirma em seu blog em 25/06/12: “Para os sionistas fundamentalistas, sou um antissemita, embora seja semita de origem. Por que? Porque não hesito em diferenciar o sionismo, reacionário e xenófobo, do judaísmo humanista. Constato, pelo artigo em anexo, que estou em boa companhia. Existe uma lista elaborada por entidade sionista Self Hating and/or Israel Threatening,  cujas iniciais produzem a sigla SHIT (merda, em inglês), produzida por site sionista, denunciando como traidores os judeus que não se alinham com a política de Israel em relação à Palestina, mesmo quando cumpridores fiéis dos preceitos da religião.  Noam Chomsky, Daniel BenSaid, e Woody Allen estão entre os mais de 7 mil judeus que "envergonham os judeus", por não se renderem ao amálgama entre Judaísmo, Sionismo e Estado de Israel. Sinto-me honrado pela companhia.”
h)      O mesmo Milton Temer, em matéria de 17-03-12 denuncia: “No confronto Israel-Palestina, não se trata de uma guerra entre dois Estados. Trata-se da ocupação militar, por parte do governo de Israel do território palestino usurpado ao longo de décadas, contra todas as resoluções condenatórias da ONU. Trata-se da ação de um Estado religioso fundamentalista, possuidor clandestinamente de um imenso arsenal nuclear, no papel de gendarme dos interesses norte-americanos no Oriente Médio, contra um povo limitado a pouco armamento portátil, quando se trata de resistência adulta, e a estilingues quando exercida por um bando de desesperados garotos. Trata-se, resumindo, de crime contra a humanidade que deveria ser alvo dos tribunais internacionais...”

Lamentamos que alguns socialistas, por pura ambição eleitoreira, tenham abandonado estas definições e estas bandeiras, para se somar ao coro sionista contra os que continuam batalhando contra o estado sionista, racista e nazista de Israel, em favor da causa palestina.
Existem debates importantes entre os que defendem esta causa. Devem ser feitos. Por exemplo, não acreditamos na “solução negociada”, de dois estados, pois essa foi a política hipócrita do imperialismo durante décadas, e são mais de 50 anos que vêm se demonstrando um fracasso. De nossa parte, defendemos uma Palestina única, laica, ou seja, sem religião de Estado, não racista e democrática, com o direito ao retorno de todos os palestinos exilados, pela devolução de suas terras, e que democraticamente o povo defina quem e como deva ser governada.
Para finalizar, voltamos a lamentar que se tente tirar vantagem eleitoral de uma ação que nos orgulha: a luta sem quartel contra o Estado sionista e racista de Israel, seu governo e seus símbolos. Chamamos à todos fraternalmente a retomar a herança e a tradição socialista, de condenar esses crimes contra a humanidade ao invés de condenar a queima das bandeiras de dois países que simbolizam o extermínio do povo palestino.

Babá
Professor UFRJ, ex-deputado federal e candidato a vereador.
Corrente Socialista dos Trabalhadores – CST/PSOL

Babá faz campanha com Freixo em Ipanema e Santa Tereza

O fim de semana foi de muita campanha. No último domingo (26), Babá acompanhou Marcelo Freixo em atividade realizada na Praia de Ipanema, na qual esteve presente o deputado federal Jean Wyllys. Foi promovido um ato do segmento LGBT em apoio ao candidato a prefeito pelo PSOL.
Em Santa Tereza, Babá esteve com Freixo participando de atividade em memória de um ano do acidente do bondinho.
Foto: Adriana Lorete
Foto: Adriana Lorete
Foto: Adriana Lorete

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A primavera Carioca começou: três mil jovens com Freixo ocupam a Cinelândia!



Dia 16 de agosto, Auditório da ABI às 18:30h. Esta era a data, local e horário para a Assembleia de jovens com Freixo. A expectativa de todos era que lotássemos o histórico Auditório da ABI. Porém, mais ou menos às 18 horas, meia hora antes do combinado, a fila para entrar no prédio já estava dando a volta no quarteirão. O espaço que marcamos para que a juventude conversasse com Freixo ficou pequeno. Sem titubear a juventude do PSOL, que organizou o evento, resolveu fazer o que tantas juventudes tem feito no mundo inteiro: ocupar as praças! Fomos para a Cinelândia, palco de manifestações populares e de momentos que entraram para a história, e que nesse dia reviveu seus tempos áureos, mostrando para a cidade que a política está mais viva do que nunca. Como toda a assembléia, os cerca de 3  mil jovens que participaram dela, tomaram uma decisão: levar Marcelo Freixo para o segundo turno, para com mobilização da juventude e dos trabalhadores mudar o Rio de Janeiro.
A Primavera Carioca começou e toma conta das ruas e a juventude está entusiasmada com a possibilidade levar Marcelo Freixo ao segundo turno, sobretudo após a última pesquisa indicar crescimento do PSOL e queda de Eduardo Paes.
Durante sua intervenção, Freixo deu um exemplo da mudança que pretende realizar, combatendo as empresas e empreiteiras hoje beneficiadas por Sergio Cabral e Eduardo Paes. “A Fetranspor (empresários de ônibus) pediu para conversar conosco. Nós respondemos que sim. Após vencermos a eleição, conversaremos, mas para rever os atuais contratos”, declarou nosso candidato sob aplausos.

Comitê Freixo e Babá
O Comitê de Juventude Freixo e Babá se fez presente com muita animação, agitando bandeiras, faixas e inúmeros cantos como “Pra primavera carioca acontecer, segundo turno com o Freixo eu quero ver”.


50 dias com Freixo, rumo ao segundo turno!
Foi dada a largada para os 50 dias finais para eleger Marcelo Freixo e uma grande bancada de vereadores, levando Babá 50100 para a Câmara Municipal. Enfrentaremos os poucos recursos e o escasso tempo de TV, com a força do apoio da juventude e dos trabalhadores e a sede de mudança da militância. Participe das atividades de campanha!


O governo Dilma mente! Há dinheiro para salário, plano de carreira e áreas sociais!


Estamos frente a um momento crítico da situação política nacional. Uma onda de greves reclamando salário, plano de carreira e condições de trabalho sacode o país de norte a sul, tendo na vanguarda os servidores públicos federais. No entanto, também são parte da luta trabalhadores da iniciativa privada como os caminhoneiros, motoqueiros, da GM ou da construção civil, enquanto se preparam as campanhas salariais de petroleiros, bancários, correios, químicos, entre outros.
O governo Dilma, que alardeava que a crise não chegaria nunca ao Brasil, agora reconhece que está instalada. E como todos os governos que respondem aos interesses dos ricos e poderosos, pretende que a crise, criada pelo capital, seja paga pelos trabalhadores que não tem absolutamente nenhuma responsabilidade.
Somado a isso, em plena campanha eleitoral, o processo do mensalão volta a exibir as entranhas podres do sistema e dos políticos corruptos, neste caso os do PT - mas também o são os partidos da base governista, os tucanos, os do PP e do DEM, que utilizam dinheiro publico para comprar votos e para o enriquecimento pessoal da absoluta maioria dos políticos. Por isso, todos votam as medidas contra o povo, como a reforma da previdência, os cortes de gastos nas áreas sociais e o orçamento, que destina quase a metade para pagar juros aos agiotas do sistema financeiro. O mesmo é visto no esquema DELTA-Cachoeira, Parceria Público-Privada organizada para beneficiar Dilma e os governadores do PMDB (RJ), PSDB (GO) e PT (DF), além de parlamentares do DEM, dentre outras siglas.

As centrais sindicais protegem o governo 
São mais de três meses que as greves não param. Em Julho a CUT realizou seu 11º Congresso que passou despercebido para os milhares de grevistas, e dando as costas para estes, os dirigentes da Central governista dedicaram-se a defender Dirceu e Delúbio, réus do mensalão, aclamados como heróis no Evento.
Agora, finalmente, juntaram-se as cinco centrais, todas governistas – CUT, CTB (PCdoB) FS (PDT) CGT e Nova Central, e seus dirigentes declararam “solidariedade com as greves”! Mas o que precisam os trabalhadores é de muito mais que uma simples declaração de solidariedade, que na verdade é uma manobra para tentar se re-localizar!
As centenas de milhares que lutam pelo país afora não tem nenhuma referência na CUT nem nas centrais pelegas! Pelo contrário, na imensa maioria dos casos, foram as bases, novos lutadores e novas gerações que saíram a lutar contra a vontade dos dirigentes, em alguns casos impondo que os próprios burocratas tivessem que decretar paralisações, pois do contrário... Aconteceriam de qualquer forma!

A proposta de governo de mísero aumento parcelado é uma vergonha!
Com a intermediação das centrais governistas o governo Dilma oferece como “última proposta” míseros 15% de aumento em 3 anos: 5% em 2012, 5% em 2014 e 5% em 2015. Com esta manobra, além de não repor sequer a inflação que já supera os 6%, tenta conter o movimento para que não lute nos próximos 3 anos, como vergonhosamente já fizeram tempos atrás na CONDSEF entre 2008 e 2010. O mesmo acordo que impuseram nos correios há dois anos, rejeitado por toda a base! Este acordo vergonhoso está sendo rejeitado por amplos setores dos trabalhadores que estão realizando suas assembléias. Infelizmente, a direção governista da Fasubra, com o apoio das correntes da esquerda como a Conlutas e INTERSINDICAL, apoia e defende este acordo vergonhoso, o que indica o caminho que estas correntes vão defender nas próximas assembleias.
Enquanto tenta controlar o movimento, o governo Dilma, além das habituais concessões aos banqueiros, às multinacionais, as empreiteiras e ao agronegócio, que são os que bancam suas campanhas eleitorais, acaba de anunciar um plano de privatizações de estradas, ferrovias e portos que entregará para a iniciativa privada lucrar, mas cujos investimentos serão feitos com dinheiro publico do BNDES! Não por acaso o mega empresário Eike Batista, cuja fortuna cresceu de forma estrondosa à sombra dos governos petistas, declarou que o pacote anunciado por Dilma era um “kit de felicidade”!
Isto demonstra que dinheiro há! Bastaria com acabar com as isenções fiscais, os “kits felicidade” para empresários corruptos e desconhecer o pagamento dos juros da dívida pública usurária para garantir um nível decente de salários, e os necessários investimentos em educação e saúde publica, na segurança, em planos de moradia e em proteção ao meio ambiente. 

Há outro caminho a seguir: Unificar as lutas e construir uma greve geral
Está demonstrado que sobra a vontade e a decisão de luta do povo trabalhador. O que falta são direções dispostas e defender seus interesses de forma consequente.
Os últimos três meses representam um marco histórico, pois mostrou que em nosso país está colocada a necessidade e possibilidade da unificação das lutas, começando pelo setor público, e sua coordenação com o setor privado, o que levaria a começar a trilhar o caminho da construção de uma greve geral.
Mas, os mesmos setores que se negaram a unificar, são agora vanguarda em querer suspender a greve do funcionalismo público!
O governo Dilma, entre a crise da economia, o julgamento do mensalão e as greves, sofre um importante desgaste. Trata-se de uma visão errada a da “fortaleza do governo Dilma” medida somente a partir de seu índice de aceitação nas pesquisas. Pois o fato marcante é que nem ela, nem o PT, nem Lula nem a CUT conseguiram evitar o generalizado processo de greves que, furando o bloqueio das direções, se impôs pela força da base.
As greves no funcionalismo não acabaram. E se aproximam as campanhas salariais de petroleiros, bancários, correios, químicos. É urgente que os lutadores classistas e combativos tirem conclusões e se preparem para estas batalhas, formando comandos de greve que imponham a vontade da base, que se coordenem os diferentes movimentos para construir e exigir uma jornada unificada de lutas de todos os setores, para exigir do governo o aumento salarial, o plano de carreira e as condições de trabalho reivindicados nas lutas.
Esta será a forma de derrotar o governo: através da construção de uma poderosa greve geral, que imponha o fim desta política econômica com a suspensão do pagamento dos juros da dívida pública, que acabem as isenções ao capital, que outorgue as reivindicações aos trabalhadores e que invista nas áreas sociais como saúde, educação, segurança e moradia. Dessa forma, serão os ricos os que pagarão pela crise que eles provocaram, acabando de vez com a política criminosa de penalizar o povo por uma crise que não é de sua responsabilidade.
Além da organização e da luta, que sempre são necessários, os grevistas e ativistas do movimento social, devem refletir sobre o processo eleitoral. É necessário derrotar os partidos que aplicam e apóiam a atual política econômica que penaliza os trabalhadores, além dos políticos e das empresas que sustentam essa falsa democracia corrupta que não nos representa. Devemos mudar os atuais governantes e eleger parlamentares lutadores e coerentes. O caminho passa por fortalecer a mobilização e, em outubro, votar no PSOL.

Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2012
Babá - Direção Nacional do PSOL, professor da UFRJ, integrante do comando de greve docente.